segunda-feira, 22 de abril de 2013

Aniversário

Um ano a mais vivido, 365 dias a mais pensando no que fazer da vida. Cada hora uma certeza, mas essas coisas mudam. Quando eu tinha 8 anos, se você me perguntasse o que eu queria ser quando crescesse, eu diria que queria ser matemática. Aos 10 eu queria fazer educação física na universidade e pelos 12 eu queria estudar português. Eu realmente tinha certeza da resposta quando me perguntavam, por mais que ela tenha mudado com uma certa frequência. Além dessas opções eu já pensei em direito, farmácia, cinema, publicidade, até pensei em ganhar na loteria. Mas aqui estou, tentando a vida de fotógrafa, com duas filhas caninas e dividindo apartamento com uma colega, mais que isso, um irmão (ora mais velho, ora mais novo) e sua pequena e quadrúpede filha.
Mas e agora que eu já tenho uma matrícula na faculdade que eu quero e uma profissão escolhida, o que eu quero do futuro? Eu quero me apaixonar de novo, respirar fundo, me animar mais, ver mais filmes... Eu quero o que quis toda a minha vida. Eu quero olhar pro passado e achar engraçadas as cartas que mandei, os dramas que fiz, o amor que achei existir. Eu quero que passe, mas só o que estiver de passagem. Eu quero que fique o que for pra ficar e quero que isso seja certo, quero saber o que e com quem eu posso contar. Eu quero que o amor aumente, as paixões mudem, as amizades fiquem, sempre.
Eu quero saúde pra cuidar de quem cuida de mim, eu quero alegria pra ajudar os que me apoiam em momentos ruins, eu quero lágrimas. Eu quero teus sorrisos, meus sorrisos, nossos sorrisos. Eu quero um eu, muitos nós, um pouco de tristeza que se apaga no meio de tanta alegria, eu quero que o que parece certo seja, eu quero conseguir aguentar o tempo que for e desistir quando tiver que desistir.
Eu quero ser e estar, ir e vir, viajar. Eu quero escolhas difíceis, decisões e me virar concertando os erros consequentes. Eu quero acertos e, mais que tudo, quero você no meu futuro. Eu sempre tive forças ao teu lado e agora, sem ti, me sinto perdida. É como se algo que foi sempre um "pra sempre" certo, agora fosse algo que, inadequadamente, ficou pra trás há dois anos atrás.
Eu quero gritar que te amo, chorar de saudades e ter sempre a certeza de que nada nunca te tirará de mim.
Eu te amo.