quarta-feira, 4 de setembro de 2013

quarta de Hisart.

Era só mais uma quarta feira normal, indo pra aula, vendo os mesmos rostos de todo dia.
Perto da escada, num banco, um vermelho me chamou a atenção e subi o primeiro lance quase sem prestar atenção em nenhum degrau, foi ali, quase na curva que daquele vermelho que havia me prendido a atenção um azul céu olhou na minha direção e então ganhei um sorriso, um sorriso impossível de não sorrir de volta.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Só sonhos.

Dia desses ouvi uma grande amiga falar um pequeno detalhe sobre seu relacionamento, falou baixinho, para que só eu ouvisse. Desde então eu remoo essa informação. Como alguém seria capaz de explicar a solidão que se sente a dois, que te afasta dos demais, sem soar pretensioso? Bom, de fato, tal relacionamento não me agrada... houve um tempo que ele parecia certo e, mesmo sem saber muito, eu apoiava... parecia que... sabe quando se vê o brilho nos olhos de alguém enquanto lhe conta de uma nova pessoa? uma menina que, mesmo de longe lhe arranca sorrisos... mas e a hora que o pesar incomoda mais que a alegria de se estar junto? ninguém tem essa percepção de que os relacionamentos de fato acabam, sempre tenta-se ir o mais longe o possível, não desistir. Eu mesma já me vi em uma situação parecida, pois quando não se sente algo de fato(o que era meu caso), não se percebe que acabou por não ter o que acabar.
Então decidi fazer uma análise do que se confunde em relacionamentos à partir do que aprendi com a vida.

O amor, aquele sentimento fofo e bonito, gostoso de sentir, que dizem ser eterno, muitas vezes é confundido com a paixão. Esta sim é o que causa aquela confusão, nervosismo extremo, falta (ou até excesso) de palavras... a paixão inspira e, de certa forma, incomoda tanto que já não se consegue segurar juras de amor. O amor, romântico ou não, é calmo, seguro. O amor é um cara tão, mas tão foda que ele não te cobra nada além de ir atrás do que te faz bem. Além do pobre coitado ser confundido sempre, virando quase que um "apelido" pra outros sentimentos, ele ainda é falado por quem o mente... quem ama não para pra pensar se é certo ou não estar em um relacionamento, quem ama não ameaça terminar um relacionamento por besteiras, quem ama não precisa de possessão. Nesse ponto, a possessão, é onde entra o ciúmes, mais um carinha que é até simpático, te faz fazer coisas para manter o relacionamento, pelo medo de perder... o ciúme não faz ninguém surtar, ele só está para amar assim como o medo está para viver: é como se fosse um instinto, uma forma do inconsciente alertar do perigo. Ele te faz querer ser melhor para que o outro não tenha um maior interesse por um terceiro. Mas esse brodinho aí também é confundido com aquele sentimento, a possessão. Esta é uma filha da puta, ela faz o cara ferver o sangue até não poder mais, causa brigas, destrói o amor de uma forma que às vezes prende ambas as partes num relacionamento já sem futuro, tendo em vista que ela enfraquece a todos com brigas sem motivo, com detalhes desimportantes que viram catastróficos, afasta amigos e, mais ainda, impede de conhecer pessoas, lugares, de se renovar... em tal ponto, suas vítimas estão tão cansadas que já não terminam mais porque brigar não vale a pena, esquecendo o quanto vale viver.
Num relacionamento vive-se muito mais que estes quatro sentimentos (mesmo por que não é regra nem que se ame, sinta ciumes, apaixone-se, etc. para entrar num relacionamento, às vezes se entra nele por carência ou sabe-se lá o motivo que cada um cria.).Sim, mesmo sendo romântica assumida, acredito que nem toda palavra de "amor" é amor de fato. As pessoas aprendem o que falar e quando falar... se adequam às atitudes que devem tomar e esquecem da conquista, de tirar sorrisos, da surpresa, de fazer valer a pena, pois é muito mais fácil repetir o que funciona.
Concluindo: por menos que eu me sinta confortável solteira, eu já namorei vezes o suficiente pra saber que se, em algum momento, você deixa de acreditar que é pra sempre, não vale a pena. O amor não te deixa dúvidas... eu já saí de um relacionamento crendo que isso era o certo pro momento, mas que um dia voltaria. Essa fase foi bastante ruim, eu me cobrei de crescer, tinha medo de que, se eu aprendesse a me virar ao seu lado, eu não saberia mais viver sem ela e que, se um dia acabasse, eu morreria. Fiz mal para ambas, ao menos na época, em desistir de tentar. Me apeguei a outra, outras, embriagava-me cada vez mais pois viver é pesado, ser responsável, crescer... é tudo tão difícil de ser feito da noite pro dia... arrependo-me de ter trancado o amor dentro de mim, de não te-la pedido em casamento na hora certa, de não ter aceitado crescer ao seu lado. Mas arrependo-me por nós, por esse "nós" que eu tentei ignorar.
Eu poderia falar por décadas sobre o que eu sinto e onde dói, mas o propósito do texto era tentar ajudar uma amiga. Então, o que eu tenho a dizer é que, sejas sincera contigo mesma. Se estás feliz em tal relacionamento, se a amas, se este namoro te faz querer ser melhor a cada dia e te arranca sorrisos, lágrimas de saudade, suspiros, batalhe por ele. Mas não tente se afogar caso não seja assim, talvez não tenhas certeza do amor ainda, ou de não amar, mas considera que o tempo que passar não vai voltar. Eu errei, feio e muito, mas eu consegui entender que por mais que doa um fim (por menos que se ame ou queira estar junto, um fim é pesado) e o recomeço pareça complicado (esses acho que são mundialmente os mais usados motivos pra não se terminar um relacionamento), a vida vai te encher de novo, te encher de sonhos, de planos... teus dias não serão tão cansativos, tuas vontades não serão tão pesadas, tuas noites serão mais tranquilas... é o que eu gostaria de passar pra ti, minha amiga, não quero te dar uma lição de vida, só quero que aproveites a tua ao máximo, que sorrias e te divirtas sem o pesar que é impedir-se de sentir algo e que nunca esqueças que sonhos nunca são "só sonhos".