Minha amiga comentou comigo como elas são 'felizes'
então comecei a pensar nas letras...
e cadê a felicidade em a morena ficar no tororó, ou o pobre gato levar uma paulada, ou a casa não ter parede, chão ou o que seja, ou no bosque ter um anjo que roubou um coração? Nem falo do pobre Sambalelê estar doente e ainda levar palmadas, ou de alguém ter de tomar o veneno que fica em cima do piano... ou mesmo no cravo só dar valor pra rosa depois que a faz sofrer...
E ooolha o preconceito, por que diabos a Cutia tem que ficar fora da brincadeira? E a pressão no pobre soldado que se não marchar direito vai preso no quartel(tirando que o maldito quartel ainda pega fogo)...
É injusto o amor que tu me tinhas ser pouco e se acabar(acho que o anel quebrou de propósito quando ela descobriu isso, hein?)... Nem se fala na pobre criança que, só por ter medo de careta, mandam o boi da cara preta vir pegar... Sorte da Terezinha, que quando caiu ao chão, vieram tres cavalheiros, e não o maldito boi, pra ajudar e ela ainda se apaixonou por um deles...
E essa é nossa cultura, um balde de realidades quando somos pequenos, aí começam a contar-nos histórias com um 'felizes para sempre' ao final, e as novelas e livros com finais felizes...
Então esquecemos das primeiras coisas que aprendemos... Talvez seja melhor assim, afinal esquecemos do fim e nos preocupamos mais com o 'meio', com o 'amar' e não com o sofrer... Não temos medo de sonhar :)
Boa Noite blog♥
ps: obrigada pelo cravo. Te amo :)